segunda-feira, 11 de junho de 2012

Sobre o E.T. e um garoto de 3 anos...


A aula de inglês, aos sábados, costumava ter gente mais velha. Havia apenas dois adolescentes com 18 anos. Eu estava com 22. O tema era filmes marcantes, e logo tasquei: "E.T., o Extraterrestre, que vi no cinema". Bastou esta frase para uma das teens me olhar com espanto e soltar um : "No cinema? Como você é velho!".

Se isso dito no começo da década passada me fez passar por velho, hoje, ao completar 30 anos deste clássico de Hollywood, nem sei qual reação os adolescentes teriam… Mas, digo com orgulho: Vi sim E.T. no cinema e este foi sim um filme marcante.

Vamos às explicações… É claro que a história de um garoto que faz amizade com um alienígena marca uma criança. A cena deles voando de bicicleta, com aquela lua imensa no fundo. A música tema que até hoje emociona. Mas não foi só por isso que o filme marcou.

Shopping Eldorado, São Paulo. Passeio de família num sábado à tarde. Estávamos todos lá, com os ingressos  comprados. Entramos na sala, nos sentamos, e eis que… faltou luz. Bem no início do filme. Bem no início de um filme sobre extraterrestres. Era tudo o que precisava para a imaginação daquela criança de três anos criar teorias conspiratórias na cabeça. Estariam os ETs por perto? Seríamos abduzidos?

Claro que nada disso ocorreu. Ganhamos ingresso para voltar outro dia, quando pudemos ver o filme. E eu pude me encantar com a história que até hoje me emociona… que até hoje traz de volta à minha mente aquela inocência do E.T. do Elliot, e a minha própria… que até hoje me faz olhar para os lados quando falta luz… só por precaução!

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Um peso, várias medidas

Já estava há dois meses sem me pesar, por isso resolvi usar a balança da academia. É uma daquelas em que você mesmo faz a medição. Subi, olhei as medidas e fiquei sem saber o que fazer. Nada de quilos, e sim pounds (ou libras), vários deles.

Confesso que o mundo longe do sistema métrico tem sido meio complicado. E ver meu próprio peso é uma das coisas menos importantes. O pior é tentar saber, no supermercado, quanto de carne devo comprar, por exemplo. Ou então, calcular a distância entre meu apartamento e um local da cidade, pensar "Dá pra ir a pé" e na metade do caminho me dar conta de que daria, sim, se fossem quilômetros, e não milhas.

Por falar em distâncias e comprimentos, vem aí uma parte esquisita. Se a pé ou de carro meço em milhas, ao comprar os móveis de casa precisei saber tudo em polegadas. Na minha cabeça, era como se a cama, a mesa e o sofá se transformassem em telas de TV - única referência que tenho em tal medida.

Já a minha altura… bem, esta eu tenho de saber em pés. Aí, o que era grande ficou ainda maior. Dizer, no Brasil, que tenho 1,94m assusta. Mas, aqui, falar que tenho 6'4.5" impressiona ainda mais! São pés e polegadas juntos! Como se eu estivesse pisando em cima das tais TVs…

Voltando aos pounds… Subi na balança, olhei e comecei a mexer naquela régua, testei do 100 ao 200, até achar meu peso. Susto ao ver um número maior do que o normal - sem saber o que aquilo  significava. Memorizei, e depois converti para quilos. Aí sim o susto foi grande, ao constatar que o número realmente era maior do que aquele a que eu estava acostumado!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Esse tal de carpete...

O chão brilhava conforme o sol entrava pela janela, no final da tarde. Madeira nova, encerada. E que em breve teria de ser escondida. No contrato de aluguel do meu apartamento, há uma cláusula de que 70% do chão deve ser coberto por tapete.

Essa obrigação serve para exemplificar como os americanos gostam de um tapete ou, principalmente, de carpetes. Talvez por causa do rigoroso inverno, ou simplesmente por uma questão de gosto duvidoso. Digo isso porque a tapeçaria aparece nos lugares mais improváveis.

Um deles é a academia. No vestiário. Junto com os armários, próximo aos chuveiros. Imagine acabar de tomar banho, sair pingando e se deparar com um carpete! Vamos combinar que não é a melhor opção de piso, basta ver a umidade que fica nele no final do dia.

Outro local ainda mais inusitado em que encontramos esta mania americana é no metrô. Não no de Nova York, mas no de Washington D.C. Já disse em um texto anterior como as linhas subterrâneas lá são sombrias, à meia-luz, algo sinistro mesmo. E que fica mais estranho ao pisarmos no tal carpete dentro do vagão. Dentro do vagão! Como diz uma amiga minha, o que será daquilo em um dia de chuva, ou pior, de neve. Pelo menos na academia os pés molhados estão limpos…

Para encerrar, só mais um exemplo: os corredores do meu prédio. Da entrada até a porta de casa, lá está ele, o carpete azulado, que parece ter a mesma idade do edifício - mais de cem anos. Isso não é o problema. O pior é a "surpresa" que me aguarda toda vez que vou sair para a rua. Quem se lembra daquelas experiências da escola, com uma tal de estática? Pois é… Basta colocar a mão na maçaneta que lá vem o choque de poucos volts, mas que sempre me faz xingar quem lançou esta moda americana.