quarta-feira, 27 de março de 2013

Sobre voos, vinhos e remédios

Uma taça de vinho. Outra taça de vinho. Uma dose de whiskey. Duas de amarula. Mais uma de whiskey. Não, não se trata de uma balada na noite de Nova York, mas sim do voo São Paulo - Joanesburgo, para a cobertura da Copa de 2010. Eu e meu amigo tomamos tudo isso, na expectativa de diminuir a ansiedade e - mais importante - fechar um pouco os olhos durante as doze horas de voo. Tudo em vão!

Sempre que viajo a trabalho, me preocupo com as horas de sono no percurso. O motivo é simples: tão logo chego ao destino, tenho de começar a trabalhar. Como ocorreu no Equador, quando fiz um link para o jornal do próprio aeroporto. Foi o tempo de abrir a mala no saguão, vestir uma camisa e um blazer, passar um pó no rosto para esconder a barba que já dava sinais de ter crescido e, é claro, apurar o que estava acontecendo.

Nesta ânsia de descansar no ar, já tentei umas receitas que  minha prima-médica obviamente não iria aprovar. Tomar remédio para enjoo mesmo sem estar com o estômago embrulhado; antialérgico, até quando meu nariz está funcionando maravilhosamente bem; relaxante muscular, inclusive sem ter dor em nenhum músculo... Claro que nunca misturei tais medicamentos! Não sou tão louco... eu acho.

Agora mesmo, escrevo este texto durante o voo  para a África do Sul, para cobrir a cúpula do Brics. Entrei no avião às 11h. Ficarei aqui ao todo por 16h! Minha opção hoje foi o vinho. Logo cedo, mesmo - o que surpreendeu a passageira ao meu lado. "Um alcoólatra", deve ter pensado. Pricipalmente depois que - desastrado como sou - derrubei metade do copo em cima dela!

Mas, confesso que parei neste primeiro meio-copo. Agora já se passaram 7h30 de voo, me mantenho acordado e - o mais importante - sóbrio. E também sem enjoo, alergia ou dores pelo corpo.  Afinal, na minha mala despachada, ainda tenho bastante pó para cobrir as olheiras. E o café de Durban dará conta de mandar o sono embora. Espero!

quarta-feira, 20 de março de 2013

50 Tons de Rosa

A festa surpresa, planejada na  última hora, já seria suficiente para fazer a felicidade de nosso amigo. Mas, se é possível deixar o ambiente ainda mais, digamos, alegre, por que não? Daí veio a ideia, de um dos organizadores, de fazer uma festa temática: ROSA. "Essa é a cor do momento pra ele", disse, sem a necessidade de mais explicações.

Convidados de rosa, guardanapos e copos rosas. Isso para comemorar o aniversário de uma pessoa que, segundo uma amiga, "transpira testosterona". É mais ou menos o que os biólogos chamam de "macho alfa". Irei omitir os detalhes - pelo menos agora - porque o assunto é extenso.

Voltando à festa… Tudo como planejado, ele abriu a porta, todos gritaram surpresa, ele ficou emocionado - de uma maneira "macho alfa" de se emocionar - e não percebeu a temática! Talvez porque nem todos estavam "coloridos". Foi preciso falar que a festa era pink - o que já fez tudo ficar um pouco mais sem graça.

Mas, a principal surpresa viria na sequência: os presentes. Ao abri-los, um por um, lá estavam camisa, camiseta, meia, cueca, livro, tudo rosa. Praticamente um guarda-roupa novo, de deixar com inveja qualquer mulher que esteja grávida de uma menina.

Meu amigo jura que levou a brincadeira na esportiva, ficará com todos os presentes, e irá usá-los. Não acho que esteja mentindo. Só acredito que, certamente, vai fazer questão de buscar no dicionário sinônimos para a cor do momento. Diferentes maneiras de descrever os 50 tons de rosa - salmão, vermelho desbotado, e o que mais a imaginação alfa permitir.