quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Com vocês, a Emily

Acordei às sete horas da manhã, e segui minha rotina. Liguei a televisão, preparei o café-da-manhã e fui ler, na internet, os jornais e sites daqui e do Brasil. Foi quando bati o olho na notícia da morte do cantor Wando. Por impulso, fui no youtube, digitei "Fogo e Paixão" e me perdi entre raios, estrelas e luares. Aí lembrei da Emily…

O prédio onde moro é pequeno, são cinco andares, quatro apartamentos em cada um: dois de frente e dois de fundo. Logo, só tenho uma vizinha de parede: a Emily. A gente se conheceu assim que me mudei. Estava eu em casa quando tocou o interfone. Era a antiga moradora, querendo ver se havia cartas para ela. Abri o portão. Um minuto depois, ela bateu na porta: precisava da chave da caixa do correio. E eis quem também abre a porta: a Emily. Detalhe: eu estava só de cueca e roupão, afinal, não esperava "visitas".

Mas, não foi por isso que eu me lembrei dela ao ouvir o Wando. E sim porque eu sempre penso se ela me acha meio louco. Vamos aos detalhes…

25 de janeiro, aniversário de São Paulo. Para celebrar a data, resolvi ouvir algumas músicas de Adoniran Barbosa. E dá-lhe "Saudosa Maloca", "Trem das Onze" e "Tiro ao Álvaro" desde a madrugada.

Todos os dias, faço exercícios para a voz, passados pela fonoaudióloga da TV. E dá-lhe "Triiiiiimmmmmm, triiiiiimmmmmm, triiiiiimmmmmm", "Ommmmmmmmmmmmm", "vuuuuuuuuuuuu, vuuuuuuuuuuuu",  além de sons guturais impossíveis de reproduzir no papel.

Além disso, sempre leio os textos das minhas reportagens em voz alta, conforme escrevo. E como costumo escrever, apagar, mudar algo e escrever novamente, leio tudo isso muitas e muitas vezes. E dá-lhe "O presidente dos EUA", "Barack Obama", "O presidente americano".

Outro dia, a gente se encontrou no corredor, e eu toquei no assunto. Perguntei: "Você deve me ouvir muitas vezes falando sozinho, né?" Já havia falado em outra ocasião que era repórter, e reforcei que este era o motivo do falatório e de qualquer tipo de barulho estranho. Não sei se colou, mas pelo menos tentei justificar a minha aparente loucura…

Um comentário:

  1. De médico e louco, todos nós temos um pouco... ou muito! Certo?!
    rs
    Saudades!!!!!!!!!!!!!!!!!

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