segunda-feira, 4 de junho de 2012

Esse tal de carpete...

O chão brilhava conforme o sol entrava pela janela, no final da tarde. Madeira nova, encerada. E que em breve teria de ser escondida. No contrato de aluguel do meu apartamento, há uma cláusula de que 70% do chão deve ser coberto por tapete.

Essa obrigação serve para exemplificar como os americanos gostam de um tapete ou, principalmente, de carpetes. Talvez por causa do rigoroso inverno, ou simplesmente por uma questão de gosto duvidoso. Digo isso porque a tapeçaria aparece nos lugares mais improváveis.

Um deles é a academia. No vestiário. Junto com os armários, próximo aos chuveiros. Imagine acabar de tomar banho, sair pingando e se deparar com um carpete! Vamos combinar que não é a melhor opção de piso, basta ver a umidade que fica nele no final do dia.

Outro local ainda mais inusitado em que encontramos esta mania americana é no metrô. Não no de Nova York, mas no de Washington D.C. Já disse em um texto anterior como as linhas subterrâneas lá são sombrias, à meia-luz, algo sinistro mesmo. E que fica mais estranho ao pisarmos no tal carpete dentro do vagão. Dentro do vagão! Como diz uma amiga minha, o que será daquilo em um dia de chuva, ou pior, de neve. Pelo menos na academia os pés molhados estão limpos…

Para encerrar, só mais um exemplo: os corredores do meu prédio. Da entrada até a porta de casa, lá está ele, o carpete azulado, que parece ter a mesma idade do edifício - mais de cem anos. Isso não é o problema. O pior é a "surpresa" que me aguarda toda vez que vou sair para a rua. Quem se lembra daquelas experiências da escola, com uma tal de estática? Pois é… Basta colocar a mão na maçaneta que lá vem o choque de poucos volts, mas que sempre me faz xingar quem lançou esta moda americana.

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