
Estava aqui pensando nas coisas que sentirei falta de São Paulo, e logo me surgiram eles: os cheiros. Não tem como negar que esta é uma cidade altamente olfativa, em todos os aspectos. Basta uma simples caminhada para se deparar com uma infinidade de odores, de deixar qualquer nariz confuso. E mais desnorteado ainda aqueles narizes que sofrem com a poluição paulistana.
Para que tem uma memória olfativa forte - como é o meu caso - a capital paulista nos apresenta diversos desafios. Há os odores indecifráveis (muitas vezes porque preferimos não decifrá-los) do vagão lotado do metrô no horário de pico. O aroma de boas-vindas com que o rio Tietê recepciona os nossos turistas. As partículas da fumaça dos mais diversos tons de cinza e preto do congestionamento, que insistem em grudar nas narinas. O peixe do pós-feira, impregnado no asfalto.
Mas há também outros, estes sim agradáveis. O perfume da nossa culinária - que aliás nem nossa é, e sim de todo o mundo. A fragrância das damas-da-noite , não aquelas que perambulam pela rua Augusta, mas sim a flor, que de vez em quando nos surpreende em algumas alamedas. Ou simplesmente o cheiro do mato molhado, num dia de verão, nos pedaços que restaram da Mata Atlântica - seja no meio da avenida Paulista ou na Serra da Cantareira.
Sim, São Paulo é uma cidade de mil cheiros. E dentre eles, há um que me intriga. Quem passa pela marginal Tietê, sentido Catello Branco, sabe que, em alguns horários, um forte cheiro de alho toma conta do ambiente. É apenas um dos mistérios desta megalópole...
Acho que tem alguém fazendo uma tonelada de arroz por lá...
ResponderExcluirE vc teria coragem de comer este arroz????? rs
ResponderExcluirHá quem goste, mas posso dizer que a fama de Alphaville de "lugar do café" - devido à empresa (sem merchan, sem merchan) que tem na entrada da região - não é das minhas favoritas. Tentávamos combater o cheiro com flores e mais flores...das mais fortes às mais fracas. Mistura exótica, digamos assim. Bem melhor...
ResponderExcluir